A pandemia e a Telemedicina
A Pandemia da Covid 19, acelerou um processo que estava há anos sendo empurrado com a barriga por nós médicos: a Telemedicina. Confesso que logo após a autorização e o Bum! das plataformas, acabei aderindo por curiosidade, sempre gostei de tecnologia e com as incertezas do que a pandemia poderia gerar ao consultório, resolvi testar. Agora, passados quase 2 anos da pandemia e os números em queda, a telemedicina vai se afirmando como uma modalidade que veio para ficar, e tem tudo para ser de vez aprovada pelo CFM de maneira definitiva e não só em carater emergencial durante a pandemia. Ser atendido a distância não é novidade em países de primeiro mundo, em alguns lugares esta modalidade é tão popular quanto a consulta presencial, e inclusive não há o uso do termo telemedicina, pois toda consulta, remota ou presencial é considerada igual. Nós estamos aprendendo, os pacientes também estão, hoje em menos de 2 anos, já temos protocolos e literatura (em português) que aumentam a acertividade do diagnóstico consideravelmente, também no campo de inovação, em breve o paciente poderá ter todos seus sinais vitais monitorados em seu smartphone e enviado para o médico de maneira remota, melhorando a capacidade do exame físico a distância, e auxiliando no acompanhamento de doentes crônicos. Acredito que dentro de pouco tempo, as pessoas consultarão mais o seu clínico a distância do que em consultório. Obviamente a telemedicina não serve para todas as especialidades, principalmente aquelas que envolvam procedimentos, ou em caso de emergências com risco de morte iminente. Hoje posso dizer que metade da minha semana de trabalho é com telemedicina, e creio que já atendi pacientes de todos estados e DF. Sempre haverá os médicos que não aceitarão esta modalidade, também os detratores, colegas ou pacientes, mas sinceramente, aquele convênio, aquele cartão de desconto, aquele seguro, que não aderir a esta modalidade, ficará anos luz de distância, vivendo em um passado já superado. Fala-se muito a respeito da depreciação do médico, devido as consultas remotas geralmente serem mais baratas, mas não acredito que trabalhar em casa, usando literatura atualizada, realizando uma boa entrevista e resolvendo grande parte dos problemas mais simples, seja me desqualificar mais do que fazer um plantão onde o judas perdeu as botas, só você e seu estetoscopio, muitas vezes tomando calote de prefeituras. Torcemos para que a consulta remota mantenha-se no pós pandemia, que as inovaçôes tecnologicas avancem com rapidez para a segurança nossa e do paciente, na certeza que nada substituira uma escuta com empatia de um problema de um paciente e um sorriso, mesmo que for através de uma tela. Taiguara Durks. #telemedicina #telemedicine #docway #brasiltelemedicina #drchat #teleconsulta